Meu nome é Mônique. Entrei para a carreira militar por meio de concurso para a EEAR – Escola de Especialistas de Aeronáutica em 2007. Desde criança guardava em meu coração dois sonhos profissionais: ser professora e ser militar. Após um ano de intensos estudos no ano de 2006, passei no concurso da FAB para Sargento (carreira). Permaneci na FAB até 2012 e, após o nascimento da minha pequena Júlia, decidi pedir baixa para me dedicar a ela. Abandonei minha carreira por ela, mas estava decidida a voltar a trabalhar quando ela completasse uns 2 anos. Para isso sabia que teria que partir do zero e que não seria fácil. No mesmo mês que dei baixa da FAB (dezembro de 2012) certo dia, meu esposo Valber (professor de Língua portuguesa do curso Cidade) chegou à nossa casa de uma das aulas e comentou que havia vagas, no concurso da Esfcex, para a nossa área de Magistério português. Pronto! Foi o suficiente para que eu me empolgasse. Na mesma semana comecei a estudar e não parei mais. Sempre fui determinada, sempre soube o que queria.

Encontrei muitas pessoas – e na verdade a grande maioria – que me colocavam para baixo, que diziam que era impossível passar em um concurso em que todo o Brasil se empenhava e que só ofertava 2 vagas. Decidi me afastar dessas pessoas, busquei construir minha base em Deus – porque para Ele TUDO é possível – e segui em frente. Foi muito cansativo! Casa, filha pequena para cuidar, marido, fim de faculdade, estágios, mas JAMAIS pensei em desistir. Quando o cansaço e o desânimo batiam, lembrava-me de 3 coisas: das pessoas que me julgaram e que sempre se manifestavam de forma negativa; pensava que todo o cansaço iria passar após a prova e que no fim valeria a pena; e lembrava que há um Deus que luta por mim e que pode me carregar no colo quando eu precisar. Esses pensamentos me impulsionavam e ai eu podia caminhar mais uma légua!

Em 2013 fiz a primeira prova, mas acabei ficando em 9° lugar. Fiquei bem triste. Tive muito apoio do Cidade que motivava com frequencia e do meu esposo nessa hora. Em 2014 consegui me reerguer e voltei a estudar determinada que este seria o ano da minha vitória. Eu sabia que para conseguir uma das 2 vagas eu teria que estudar muito mais e foi o que fiz. Quando saiu o edital, foram feitas alterações bruscas na bibliografia e quase 5.000 páginas foram incluídas na relação de assuntos de Magistério português. Fiquei assustadíssima, mas não me deixei abater porque entendo que precisamos ter um diferencial naquilo que estamos fazendo. Pensei que nem todos teriam a oportunidade, a disposição e/ou tempo de ler tudo isso, então decidi que eu leria, que não abriria mão disso. E, com certeza, isso fez toda a diferença na resolução da prova. Passei em 2° lugar com a plena ajuda de Deus, do meu esposo (que sempre foi extremamente paciente e principal incentivador) e do Cidade (sem palavras para descrever o tamanho da gratidão que há em meu coração. Obrigada, City, pela confiança, amizade e força. Essa vitória é nossa!).

A receita para o sucesso creio que é, em primeiro lugar, dependência total de Deus, e depois transformar as críticas em garra, determinação, ânimo, esforço e muitas horas de dedicação porque aquilo que é possível fazermos, Deus nos dá apenas as condições para isso, mas o impossível, ai sim: Deus faz. Não desanimem! Continuem caminhando porque a vitória é real e certa!

“E Jesus disse-lhe: Se tu podes crer, tudo é possível ao que crê.”

Marcos 9:23
“Todos estes que aí estão atravancando o meu caminho, eles passarão. Eu passarinho!”

Poeminha do contra. Mário Quintana

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