Novo “desenho” dos cursos para o antigo este de credenciamento linguístico do CEP

Caros companheiros

Já sabemos que o Exército mudou o teste de credenciamento linguístico e realiza outras provas segundo critérios mais internacionais de avaliação.

Pois bem, com base nisso, estamos repensando a apresentação dos nossos cursos. Sabemos que em termos de conteúdo, idioma é idioma, claro! Mas reconhecemos que o aluno precisa “sentir” que está estudando para a prova que realizará. Aluno é curioso pela própria natureza, não é mesmo?

Esta é a razão que nos fez escrever para todos vocês para informar que começamos um processo de reedição das nossas aulas.

Para tanto, precisamos da compreensão de todos, uma vez que consideraremos as diferenças de cada idioma, cada cultura e etc. para podermos deixar o curso EAD “redondinho”, o que irá demandar certo tempo.

Numa visão muito geral, já sabemos que as provas agora avaliam dois grupos de habilidades:

EPLE: Exame de Proficiência Linguística Escrita

EPLO: Exame de Proficiência Linguística Oral

Os candidatos podem se inscrever em um ou outro de formas independentes. Há os que arriscam até os dois exames. Vamos falar um pouco de cada um deles?

EPLE: 02 Habilidades são cobradas: Compreensão leitora e Expressão Escrita.

EPLO: 02 Habilidades são cobradas: Compreensão auditiva e Expressão oral.

Com este panorama começamos a pensar como apresentaríamos nossas aulas. Entramos em contato com o designer do IIC para dar “uma cara” de EAD as nossas aulas abrindo para cada idioma dois ambientes (um para EPLE e outro para EPLO).

Vamos verificar o que se espera de cada habilidade?

Vejamos agora como estão definidos os níveis das 4 habilidades para situarmos nosso trabalho. Lembrando que as novas provas testam somente até o nível 3 de cada habilidade. Tais descrições foram retiradas do documento do Exército que normatiza os níveis (Boletim do Exército nº 47, de 26 de novembro de 2010.)
EPLE

Compreensão Leitora:

NIVEL 1.

Consegue ler textos muito simples e coesos, sem ambiguidade e diretamente relacionados a situações de trabalho e de sobrevivência diária. Alguns exemplos desses textos são: pequenas mensagens; anúncios; descrições altamente previsíveis de pessoas, lugares ou coisas; explicações superficiais sobre geografia, política e sistema monetário, redigidas de forma simplificada para a compreensão de estrangeiros; pequenas instruções e direções ( formulários, mapas, menus, catálogos, brochuras e programações simples ). Compreende o sentido principal de textos simples que apresentem padrões gramaticais e vocabulário de alta frequência, incluindo termos e cognatos internacionalmente compartilhados ( quando aplicável ). Consegue encontrar alguns detalhes específicos através de leitura seletiva e atenta. Consegue inferir o significado de palavras desconhecidas do contexto simples. Pode identificar os tópicos principais em alguns textos de maior complexidade. Entretanto, pode não compreender textos simples.

NIVEL 2.

A compreensão é suficiente para ler textos escritos simples e autênticos sobre assuntos conhecidos. É capaz de ler, com clareza, textos sobre fatos concretos, como descrições de pessoas, lugares e coisas; além de narração de eventos presentes, passados e futuros. Os contextos se referem as informações que descrevem eventos recorrentes, informação biográfica simples, anúncios de cunho social, cartas comerciais de rotina e materiais técnico simples, voltados para o leitor em geral. É capaz de ler um texto simples, mas autêntico, sobre assuntos conhecidos, normalmente apresentados em uma sequência previsível que ajuda a compreensão do leitor. É capaz de identificar e compreender as ideias e os detalhes principais em textos escritos para o leitor comum, e de responder perguntas factuais sobre esses textos. Não consegue inferir diretamente do texto ou compreender as sutilezas da linguagem no texto. Compreende rapidamente o texto que é predominantemente elaborado através de padrões frasais de alta frequência. Apesar do vocabulário ativo não ser extenso, o leitor consegue usar pistas contextuais e seu conhecimento de mundo para compreender os textos. Pode haver certa lentidão nesta tarefa e incompreensão de alguma informação. É capaz de resumir, selecionar e identificar informação específica em textos complexos sobre sua área de atuação, mas não de forma consistente ou confiável.

NIVEL 3

É capaz de ler, com compreensão quase total, vários textos autênticos sobre assuntos gerais e profissionais, incluindo assuntos desconhecidos. Demonstra habilidade de aprender pela leitura. A compreensão do texto não depende do conhecimento do assunto.

Os contextos referem-se a notícias, informativos e editoriais em periódicos importantes escritos para nativos escolarizados, correspondência pessoal e profissional, relatórios e textos sobre áreas específicas de conhecimento. Compreende, rapidamente, as seguintes funções linguísticas: criar hipóteses, sustentar opiniões, argumentar, esclarecer e outras formas de elaboração. Compreende conceitos abstratos em textos sobre assuntos complexos ( economia, cultura, ciência e tecnologia ) e sobre seu campo profissional. Quase sempre, é capaz de interpretar corretamente, de relacionar ideias e de “ler as entrelinhas”, ou compreender informação implícita. Geralmente, distingue tipos estilísticos diferentes e identifica tons de humor, de emoção e, as sutilezas da língua escrita. Raramente, apresenta erros de leitura. Capta a essência de textos sofisticados e complexos, mas pode deixar de detectar nuances. Nem sempre compreende completamente textos que apresentam estrutura complexa incomum, expressões idiomáticas de pouco uso ou com alto grau de conhecimento cultural embutido na língua. A velocidade de leitura é um pouco mais lenta do que a de um nativo.

Expressão Escrita

NIVEL 1

Consegue escrever para satisfazer necessidades pessoais imediatas, como listas, pequenas mensagens, cartões postais, pequenas cartas pessoais, recados telefônicos e convites; consegue ainda preencher formulários e requerimentos. A escrita tende a ser uma coleção de frases soltas ( ou fragmentos ) sobre um determinado assunto, com pouca evidência de organização planejada. Consegue transmitir intenções básicas através de frases simples e curtas, normalmente ligadas por conectivos comuns. Entretanto, comete erros frequentes de ortografia, vocabulário, gramática e pontuação. Pode ser compreendido por leitores nativos habituados a textos de estrangeiros.

NIVEL 2

É capaz de escrever correspondências pessoais simples e da rotina do trabalho, além de documentos relacionados, como memorandos, pequenos relatórios e cartas pessoais sobre assuntos do dia a dia. É capaz de expressar fatos; dar instruções; descrever pessoas, lugares e coisas; e, narrar eventos passados, atuais e futuros em parágrafos simples, mas completos. É capaz de combinar e relacionar frases em uma escrita coesa; os parágrafos contrastam e se conectam com outros parágrafos em relatórios e correspondências. As ideias podem se apresentar mal organizadas em relação aos pontos principais ou à sequência lógica dos fatos. Entretanto, a relação das ideias nem sempre é clara e as transições podem causar estranhamento. A escrita pode ser compreendida por um nativo não acostumado a ler textos de estrangeiros. As estruturas gramaticais simples e de alta – frequência são controladas, enquanto que estruturas mais complexas são empregadas com erro ou são evitadas. Emprega termos de uso frequente, de forma prolixa. Os erros de gramática, vocabulário, ortografia e pontuação, algumas vezes, podem distorcer o sentido. Entretanto, o indivíduo geralmente escreve de forma apropriada à situação, embora o domínio da língua escrita não seja consistente.

NIVEL 3

É capaz de escrever com eficiência correspondências e documentos formais e informais sobre assuntos profissionais, sociais e práticos; escrever sobre áreas específicas com grande facilidade; escreve ensaios, análises e hipóteses, descrições, narrações e explicações extensas. Transmite conceitos abstratos quando escreve sobre assuntos complexos ( economia, cultura, ciência e tecnologia ) e sobre seu campo profissional. Embora as técnicas empregadas para organizar textos extensos pareçam um pouco estrangeiras para o leitor nativo, o sentido correto é transmitido. A relação e o desenvolvimento das ideias são claros e os pontos principais são organizados com coerência para atender ao propósito do texto. As transições são, normalmente, bem sucedidas. O controle da estrutura, do vocabulário, da ortografia e da pontuação é adequado para transmitir a mensagem corretamente. Os erros são ocasionais, não interferem na compreensão e raramente incomodam o leitor nativo. Embora o estilo de escrita seja estrangeiro, é apropriado ao contexto. Nos casos em que há necessidade de que o documento atenda plenas expectativas do nativo, recomenda-se a revisão.

EPLO

Compreensão Auditiva

NÍVEL 1

Consegue compreender expressões conhecidas comuns e frases curtas e simples sobre necessidades pessoais e de sobrevivência como pequenas expressões de cortesia, de viagem e de exigências profissionais, quando a situação comunicativa é clara e ancorada no contexto. Compreende enunciados concretos, perguntas, respostas e diálogos simples. Os assuntos referem-se a refeições, acomodações, meios de transporte, hora e instruções e direções simples. Mesmo os falantes nativos acostumados a conversar com falantes não nativos devem falar devagar e repetir ou reformular o discurso com frequência. Há vários erros tanto de compreensão da ideia principal como dos fatos. Só consegue compreender a língua falada nos meios de comunicação e em conversas de falantes nativos se o conteúdo for completamente claro e previsível.

NIVEL 2

Apresenta compreensão suficiente para entender conversas sobre tópicos sociais e rotineiros relacionados ao trabalho. Consegue compreender conversas face a face em dialeto padrão, em velocidade normal com alguma repetição e reformulação do falante nativo desacostumado a conversar com estrangeiros. Compreende uma grande variedade de tópicos como informações pessoais e familiares, assuntos públicos de interesse pessoal e geral e assuntos da rotina do trabalho, apresentados através de descrições de pessoas, lugares e coisas, além da narração de eventos correntes, passados e futuros.

Demonstra habilidade para acompanhar pontos essenciais de uma discussão ou conversa sobre assuntos de sua área profissional. Pode não reconhecer os diferentes níveis estilísticos, mas reconhece recursos coesivos e sinais de organização de um discurso mais complexo. Consegue acompanhar a conversa no nível parágrafo, mesmo na presença de um número considerável de detalhes factuais. Ocasionalmente, compreende palavras e expressões de frases ditas em condições desfavoráveis ( por exemplo, através de alto-falantes em áreas externas ou em situações altamente afetivas ). Normalmente, só compreende o sentido geral da língua falada nos meios de comunicação ou entre falantes

nativos em situações que exigem a compreensão de uma linguagem especializada ou sofisticada. Compreende conteúdo factual. É capaz de compreender fatos, mas não suas sutilezas.

NIVEL 3

É capaz de compreender grande parte do discurso formal e informal sobre assuntos profissionais, sociais e práticos, incluindo assuntos de interesse pessoal e áreas específicas de competência. Demonstra, pela interação do diálogo, habilidade de compreender efetivamente um discurso falado de forma clara e em ritmo normal no dialeto padrão. Demonstra clara compreensão da língua empregada em reuniões e instruções interativas e em outras formas de discurso extenso, incluindo assuntos e situações desconhecidos. É capaz de acompanhar com exatidão as ideias centrais de conversas entre falantes nativos escolarizados, de palestras sobre assuntos gerais e áreas específicas de conhecimento, de chamadas telefônicas razoavelmente claras e de transmissões dos meios de comunicação. Consegue, rapidamente, compreender as seguintes funções linguísticas: criar hipóteses, sustentar opiniões, afirmar e defender planos de ação, argumentar, fazer objeções e outros tipos de detalhamento. Compreende conceitos abstratos na discussão de assuntos complexos ( como economia, cultura, ciência, tecnologia ) assim como assuntos do seu campo profissional. Compreende informações explícitas e implícitas em um texto falado. Geralmente, consegue distinguir diferentes níveis estilísticos e, reconhece humor, tons de emoção e sutilezas do discurso. Raramente precisa de repetição, paráfrase ou explicação. Entretanto, pode não compreender os nativos se falarem muito rápido ou empregarem gírias, regionalismos ou dialetos.

Expressão Oral

NIVEL 1

Consegue manter um diálogo face a face simples em situações diárias. Pode criar novos contextos, pela combinação e reorganização de elementos do discurso aprendidos e familiares. Consegue iniciar, manter e concluir pequenas conversas, perguntando e respondendo pequenas perguntas simples.

Consegue satisfazer necessidades pessoais e de acomodação simples e previsíveis. Satisfaz as mínimas necessidades em situações de cortesia, de apresentação e de identificação. Cumprimenta, pede e dá informações pessoais, superficiais e previsíveis. Comunica-se em tarefas rotineiras simples no local de trabalho, faz pedidos de mercadorias, serviços e assistência, solicita informações e esclarecimentos, expressa satisfação, insatisfação e confirmação. Os assuntos relacionam-se à satisfação de necessidades básicas, como fazer pedidos em restaurantes, obter acomodação, transporte e fazer compras. Falantes nativos, acostumados a conversar com estrangeiros, precisam sempre se esforçar para compreender, pedir repetição e usar seus conhecimentos de mundo para compreender o falante estrangeiro. Raramente, fala com fluência e não consegue produzir um discurso contínuo, a não ser por meio de frases memorizadas.

Entretanto, consegue se comunicar por frases e produzir duas ou mais frases curtas e simples interligadas por conectivos comuns. Comete erros de pronúncia, de vocabulário e de gramática com frequência, distorcendo o significado. A noção de tempo é vaga; normalmente, emprega apenas um tempo verbal ou evita certas estruturas. O discurso é

frequentemente caracterizado por hesitações, ordem errada das palavras, pausas frequentes, esforço para encontrar as palavras (exceto nas expressões de rotina), reformulações erradas e autocorreções.

NÍVEL 2

É capaz de comunicar-se em situações sociais e profissionais diárias. Nesse contexto, o falante consegue descrever pessoas, lugares e coisas; falar sobre acontecimentos atuais, passados e futuros em parágrafos simples, mas completos; relatar fatos; comparar e contrastar; dar instruções e direções de forma clara; perguntar e responder perguntas previsíveis; participar com relativa segurança de conversas casuais sobre assuntos factuais, como procedimentos de trabalho, família, histórico e interesses pessoais, viagens e acontecimentos atuais. Frequentemente consegue detalhar situações de comunicação diária como interações pessoais e relacionadas à acomodação; por exemplo; consegue dar direções complicadas, detalhadas e extensas e fazer alterações ocasionais em viagens e outros planejamentos; interage com falantes nativos desacostumados a conversar com estrangeiros, embora os nativos precisem se ajustar às limitações; e, consegue combinar e relacionar frases em um parágrafo. Estruturas simples e relações gramaticais básicas são controladas, enquanto as estruturas mais complexas são empregadas com erro ou são evitadas. Emprega palavras de uso frequente, mas, algumas vezes, com imprecisão ou de forma inapropriada. Os erros de pronúncia, vocabulário e de gramática distorcem o significado algumas vezes. Entretanto, o indivíduo geralmente se expressa de forma apropriada à situação, embora o domínio da língua falada não seja sempre estável.

NÍVEL 3

É capaz de participar efetivamente da maioria de conversas formais e informais sobre assuntos profissionais, sociais e práticos. Consegue discutir assuntos de interesse particular e de áreas específicas com grande facilidade. Emprega a língua para desempenhar tarefas profissionais comuns, como responder a argumentações, esclarecer pontos, justificar decisões, enfrentar desafios, sustentar opiniões e estabelecer e defender planos de ação. Demonstra competência linguística para conduzir reuniões, dar instruções ou empregar outros discursos longos e detalhados, para criar hipóteses e lidar com assuntos e situações desconhecidos. Demonstra confiança para pedir informações e opiniões de nativos. Explica conceitos abstratos sobre economia, cultura, ciência, tecnologia, filosofia e sobre assuntos do seu campo profissional. Produz discurso extenso e transmite as ideias de forma correta e eficiente. Emprega recursos da gramática de forma flexível e detalhada. Responde prontamente e de maneira apropriada à situação.

Sem procurar palavras e expressões, emprega a língua de forma clara e com relativa naturalidade para elaborar seus próprios conceitos e tornar as ideias facilmente compreendidas pelo nativo. Embora, não compreenda completamente algumas referências culturais, provérbios, alusões e implicações de nuances e expressões idiomáticas, consegue retomar a conversa com facilidade. A pronúncia é obviamente estrangeira. Os erros podem ocorrer em estruturas de pouca frequência ou de alta complexidade, características do estilo formal do discurso. Entretanto, os erros esporádicos de pronúncia, gramática ou vocabulário não distorcem o sentido e raramente incomoda o falante nativo.

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